A Polícia Civil concluiu nesta sexta-feira (25), o inquérito que apura a morte do comerciante Duilian Ramon de Lima de 28 anos. O corpo da vítima foi encontrado na manhã do dia 28 de janeiro, com dois disparos de arma de fogo, amarrado junto a pedras, próximo de uma ponte e ao lado de um rio, na Comunidade Arara Mirim, na zona rural de Três Pontas.

O acusado foi preso no dia 04 de fevereiro, durante a Operação Êxodo 22:25, deflagrada para prender o suspeito de 37 anos. Ele foi preso na casa onde morava no Centro da cidade.

De acordo com as investigações, o veículo que teria sido usado no crime, registrado por imagens de câmeras de segurança, onde a vítima e o autor foram vistos foi apreendida nesta quarta-feira (23), na região central de Alfenas. A caminhonete Strada de cor branca, que estava no nome do acusado foi levada por ele até o Município e um rapaz foi abordado pela Polícia Militar dirigindo o veículo.

O condutor tem relação comercial com o suspeito do homicídio, por causa da venda de produtos contrabandeados. A caminhonete foi levada para a Delegacia de Alfenas, depois encaminhada a um pátio do Detran de Varginha onde passou por Perícia. O trabalho pericial não detectou marcas de sangue humano na carroceria, mas a polícia sabe que ela foi lavada várias vezes, como afirmou o próprio rapaz que a conduzia e o tempo pode ter prejudicado, a identificação de sinais que podem demonstrar sangue em algum lugar do automóvel. Assim que a caminhonete foi encontrada uma equipe de investigadores foi para a Alfenas. Segundo o delegado Dr. Gustavo Gomes, o acusado deixou a caminhonete com o rapaz para que ele desaparecesse com ela. “O rapaz encontrado conduzido a caminhonete, tinha a missão de sumir com o veículo e não deixar pistas”, acrescenta o delegado.

A arma usada na execução de Duilian ainda não foi encontrado, mas a polícia tem evidências de que ele tinha armas e costumava portar, inclusive de calibre compatível com o projétil encontrado na cabeça da vítima. Nem a perícia foi possível definir o calibre. Um dos disparos feito por trás, que atingiu a nunca ficou alojado no crânio, na altura da testa. O tiro foi na nuca, disparado por trás, e ficou alojado por dentro do crânio, na altura da testa.

O acusado mantém a mesma versão dada no dia que foi preso, de que não tem nada a ver com o crime, porém, todo o álibi dele foi quebrado e a polícia confronta com as imagens registradas quando Duilian estava com ele e seguiu para a zona rural. O acusado não tem nenhuma justificativa plausível que convença a polícia. A motivação seria uma negociação financeira de agiotagem, envolvendo o montante de um R$1 milhão, que com a morte do devedor, o suspeito teria como garantia imóveis que foram transferidos para o seu nome.

Ainda não foi afastada a possibilidade da participação de mais pessoas na execução do crime e por isso, as investigações continuam. Apesar do inquérito estar sendo entregue ao Poder Judiciário nesta sexta-feira (24), as diligências seguem e podem chegar em outras pessoas, que tenham envolvimento no crime.

O inquérito seguirá agora para o Poder Judiciário e análise ao Ministério Público, que pode oferecer a denúncia contra o suspeito. Se concluída a instrução processual com o reconhecimento preliminar de autoria e materialidade, o réu é submetido a juri popular.

Se condenado, a pena para o crime de homicídio varia de 12 a 30 anos de prisão, com ocultação de cadáver, com mais 1 a 3 anos.

O delegado irá pedir a manutenção da prisão do acusado.

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