Três Pontas realizou no Centro de Convivência do Idoso, a 6ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que teve como tema a pandemia da Covid-19, os reflexos dela durante e pós este período difícil que afetou a humanidade. Promovido durante toda a tarde desta quinta-feira (15), pela Prefeitura, através do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o tema central foi a situação dos direitos humanos de crianças e adolescentes em tempo de pandemia da Covid-19: violações e vulnerabilidades, ações necessárias para reparação e garantia de políticas de proteção integral, com respeito a diversidade.

Participaram do debate, das discussões e da elaboração de algumas propostas em grupos, representantes de diversos órgãos de fiscalização e dos direitos do público alvo, e que estão previstos no Regimento da Conferência Municipal, membros do Conselho Tutelar, do Centro de Referência de Assistência Social do Brasil (CREAS), do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS I e II), conselheiros do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), crianças do Abrigo Institucional, assistentes sociais, representantes das secretarias de Assistência Social, Educação e Saúde, ainda membros do Parlamento Jovem, Demolays e de movimentos sociais. Vieram também representantes do Poder Executivo e Legislativo da cidade de Elói Mendes.

*A secretária de Assistência Social Aparecida Maria Chaves Garcia, o prefeito Marcelo Chaves, presidente da Câmara Maycon Douglas Vitor Machado, a presidente do CMDCA Ângela Santana e palestrante e a psicanalista, psicóloga clínica, mestre em Psicologia Dra. Roberta Kelly

Foram 5 eixos e cada um elaborou algumas propostas a nível municipal, que foram votadas e escolhidas para as próximas etapas – estadual e federal, assim como a escolha de representantes a Conferência Estadual no próximo ano. Na abertura, o Hino Nacional foi executado na voz do musicista, maestro e professor Mauro Marques, acompanhado no violão pelo professor do Conservatório Gileno Tiso Wallace Naves.

Em seguida, as autoridades que ocuparam a primeira fileira de cadeiras, foram rápidas e destacaram a importância da junção de esforços entre os setores público e privado para a realização de políticas que vão de encontro ao apoio necessário ao pós pandemia para crianças e adolescentes, que também sofreram com a Covid-19.

A presidente do CMDCA Ângela Aparecida Santana (foto), deu as boas vindas aos convidados e leu mensagens de valorização das crianças, que precisam ser compreendidas, respeitadas, tento seus direitos preservados, são necessidades fundamentais para um desenvolvimento psicológico saudável.

O presidente da Câmara, vereador Maycon Machado, cumprimentou a todos, destacando sua alegria em ver entre os participantes, os jovens do Parlamento Jovem que contribuíram com a Conferência. Ele parabenizou o prefeito Marcelo Chaves pelo apoio dado aos conselhos, que são importantes pois trazem a tona discussões e projetos que podem ser transformados em políticas públicas, para atender a comunidade. Ele estendeu os cumprimentos e o desejo que Deus abençoe o trabalho, as ideias, decisões e projetos da secretária de Assistência Social, Aparecida Maria Chaves Garcia.

Na avaliação dela, este foi um dia importante para todos aprenderem e replicarem o conhecimento, destacando que todos são fundamentais para discutir os reflexos do pós pandemia, já que a Covid-19 deixou várias sequelas físicas, emocionais e psíquicas. “É preciso fazer algo, sairmos daqui com ideias para colocar em prática para trabalharmos juntos e amenizar este efeito. Que tenhamos lucidez para conduzir este trabalho em prol das crianças e adolescentes, pensando e acreditando que dias melhores virão”,destacou Aparecida Garcia.

Já o prefeito Marcelo Chaves, iniciou falando que busca sempre ouvir a comunidade e os conselhos são fundamentais na busca que ele tem de sempre acertar. Ressaltou que a pandemia dificultou a vida de todos, e o trabalho do Município foi sempre amenizar os problemas, dentro do possível, principalmente com a renovação e melhoria de todos os equipamentos que atendem crianças e adolescentes, começando pelos parquinhos que foram adquiridos e instalados, que gerou até polêmica na época, as quadras poliesportivas que foram reformadas e os campos de futebol. Passado a fase grave, foram disponibilizados monitores para os campos e quadras, o que era um sonho dele em colocar em prática. O gestor acrescenta que os frutos no esporte já começaram a aparecer, com a participação de equipes trespontanas na disputa na Copa Alterosa, categorias sub 9, 11, 13 – entre outras ações que buscam atender as crianças e adolescentes.

Outra vertente, focou Marcelo Chaves, é o término das obras de dois Centros Municipais de Educação Infantil que foram iniciados em 2015. Depois de muita luta estão prontas e devem começar a funcionar no início do próximo ano, abrindo quase 500 novas vagas nas duas creches.

A palestrante do evento foi Dra. Roberta Ecleide de Oliveira Gomes Kelly. Psicanalista, Psicóloga Clínica, Mestre em Psicologia, Doutora em Psicologia Clínica e Pós-Doutora em Filosofia da Educação, docente universitária, escritora,  coordenadora do Núcleo de Estudos em Psicanálise e Educação (Nepe), membro da Rede de Estudos Bebês do Estado de Minas Gerais (REBB-MG), ela é também supervisora clínico-institucional do Centro de Atenção Psicossocial/CAPSI de Varginha.

No encontro com os profissionais, ela evidencia que a pandemia deixou vários reflexos nas crianças e adolescentes que ficaram fora das escolas e do convívio social. Nos mais pequenos foi no processo de desenvolvimento, na capacidade de socialização. Nos mais grandinhos, na aquisição dos saberes acadêmicos e nisso, a escola é um importante ator social, no sentido de contribuir com a socialização e humanização. Ela não esconde que sem escola as crianças não ficaram bem. O retorno deles ao patamar necessário, será de forma gradual e lento, que vai demorar entre 5 e 10 anos, para a retomada de tudo o que foi perdido. Neste quesito a escola é fator principal e protagonista. Segundo Dr. Roberta, não há uma fórmula mágica, é preparar os profissionais dia a dia, pensando no trabalho em rede.

Delegados eleitos para a conferência estadual representantes dos segmentos:

Criança e Adolescente
titular: Marcela Vitória de Jesus Donato
suplente: Sara Mansur Scalioni

Conselheiro do CMDCA não-governamental
titular: Sérgio Vitor Nogueira
suplente: Cleiton Lima

Conselheiros do CMDCA governamental
titular: Amarildo Serafim
suplente: Ângela Aparecida Santana

Representantes de outros segmentos
titular: Aline Helena Pereira
suplente: Rafaela Maria Souza Soares Gomes
titular: Stephanny Silva Oliveira
suplente: Rebeca Luiza Pereira

Conselho Tutelar
Titular: Cristina Helena Silva

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