O Comitê de Saúde e de Gestão de Crise Econômica se reuniram na manhã desta segunda-feira (30), no gabinete do prefeito Marcelo Chaves Garcia (MDB), com o objetivo de alinhar a aplicabilidade do Decreto do governador Romeu Zema (Novo), baixado dia 20 de março que sobrepõe o Decreto municipal, que houve atualização no dia 22, dando a responsabilidade ao Governo de Minas tratar do comércio e outras atividades em todo o Estado.

O presidente da Associação Comercial e Agroindustrial Bruno Dixini Carvalho, participou deste encontro com profissionais da área de saúde e membros da Administração. O Decreto estadual ordena, segundo Bruno Dixini, que as ações sejam tomadas em bloco, de forma uniforme para todas as cidades mineiras. O documento determina que apenas estabelecimentos com serviços essenciais funcionem, como medida de prevenir a aglomeração de pessoas e o contágio do novo Coronavírus (Covid-19). Isto evitará por exemplo, que o comércio de Varginha reabra e Três Pontas não e o empresário trespontano se sinta prejudicado. Na opinião do presidente, serve também para que o “socorro” que virá do governo seja igualitário para os setores mais afetados, já que foram obrigados a pausar suas atividades no estado todo.

Presidente da Acai, diz que entidade está orientando comerciantes sobre funcionamento e quem infrigir as determinações podem ter que arcar com as consequências. Foto: Arquivo EP

A fiscalização também passa a ser de responsabilidade estadual e ter o trabalho da Polícia Militar, que agirá juntamente com a Vigilância e o setor de posturas. Quem não se enquadra nas lojas de produtos essenciais, como farmácias, drogarias, supermercados e outros e estejam funcionando, poderão perder o alvará de funcionamento, tendo a licença cassada. “Então não é recomendado que outros setores estejam funcionando de modo convencional, pois podem sofrer sanções”, alerta.
As vendas podem ser feitas por telefone ou internet, com delivery (entrega em casa) ou retirada no estabelecimento. É preciso usar o bom senso. O local de venda das empresas não essenciais precisa estar demarcado sinalizando que a entrada do cliente é restrita e o consumo de qualquer produto dentro de lojas, bares e restaurantes não está permitido. “Empresário que for turrão e talvez desobedecer, infelizmente isto pode acontecer. A polícia e Vigilância Sanitária, certamente irão primeiramente advertir, mas se ele houver reincidência, acredito que haverá risco de serem mais incisivos. Até pode ser que o Município não atue, mas o Estado pode agir, pois a preocupação é que os casos de Coronavírus cresça e saia do controle”, justificou o presidente da Acai-TP. É justamente por isto, que as autoridades de saúde estão insistindo tanto no isolamento social.

Ele admite que o setor de bares e restaurantes, será o mais afetado. Por isto, uma reunião com o Sindicato de Bares e Restaurantes e Setor Hoteleiro (Sehav), vai aconselhar os empresários trespontanos nestes segmentos que certamente serão os últimos a poder abrir as portas normalmente. Se o governo cerceou o direito de funcionamento, certamente haverá uma contrapartida para que os empresários honrem seus compromissos, com colaboradores e demais fornecedores.

Bruno deposita confiança no governo Zema, que é empresário e fala muito a linguagem do setor e espera que dentro do equilíbrio da saúde e da economia, deve atuar para que as empresas voltem a ter arrecadação. Mas admite que não é decisão fácil, pois é preciso cautela e ter conhecimento dos números da pandemia em Minas.

Sobre o Governo Federal, o presidente da Associação, elogia a equipe da saúde e da economia, do presidente Jair Bolsonaro e na visão dele, os ministros Luiz Henrique Mandetta e Paulo Guedes estão alinhados. Ele os classificou como inteligentes e coerentes em seus posicionamentos. Mandetta trabalha para evitar superlotações em hospitais, colapso das estruturas e eventuais mortes por falta de capacidade instalada, e as consequências da pandemia no Brasil. Enquanto Guedes busca as maneiras de socorrer famílias e empresas dentro do equilíbrio de isolamento.

Já sobre Bolsonaro, Bruno diz que apesar de ser um militar enérgico e falar o que pensa, muitas vezes não pensa tanto para se posicionar e em um momento de extrema pressão como esta, e vem cometendo alguns deslizes. “Ele deveria pensar mais antes de falar, evitar se posicionar desalinhado com sua competente equipe, ter mais frieza para não ‘errar a mão’, opinou.

Acai atende demandas e oferece orientações
A Associação Comercial está tomando todas as precauções e está funcionando 100%, mas com sua estrutura física fechada para atendimento ao público. A AcaiTP está atendendo por telefone, respondendo mensagens por whatsapp e e-mail. Uma equipe está divulgando informativos e compartilhando notícias que estão sendo divulgadas pelos governos. Juntamente com outras cinco associações comerciais e liderados pelo Unis, estão mapeando as dificuldades dos empresários através de uma pesquisa.  27 questionários foram respondidos apenas em Três Pontas, de um total de 210 relatos. “Estamos verificando os cenários atuais apesar desse ambiente de totais incertezas para definir ações posteriores. A meta é avaliar como poderemos proceder na recuperação financeira dos diversos setores empresariais prejudicados.

Neste período que os empresários estão forçados a ficarem fechados, é bom que estudem uma maneira de evoluir o seu próprio negócio e estude a implementação de algo diferenciado, e aqueles que ainda não tem, de oferecer serviço delivery ou uma nova forma que não tenha áreas de vendas disponíveis. As dificuldades as vezes se tornam um aliado para encontrarmos novos caminhos para nossas empresas perdurarem”, ponderou Bruno Dixini.

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