Fotos: Divulgação

 

No último final de semana Três Pontas saiu da rotina e foi ao teatro. É isso mesmo. O grupo Teatral Arte e Manha liderado pelo ator e diretor Glauber Reis estreou a peça teatral “O Auto da Compadecida”, um clássico literário de Ariano Suassuna, que já foi eternizado pelo cinema brasileiro, se tornando uma das obras mais queridas e valorosas do nosso país.

Foram três meses de ensaios árduos e a maior dificuldade foi conciliar as agendas dos atores, já que uma parte trabalha durante o dia e faz faculdade a noite, por isso os ensaios eram fragmentados, uma turma ensaiava as quartas a noite e todo o elenco ensaiavam juntos aos sábados. Para fazer bonito como fizeram, os ensaios chegavam a durar três horas. Por conta das restrições da disponibilidade de alguns atores, o grupo aproveitou todos o feriados para se reunirem e na reta final ensaiavam aos sábados e domingos e eram quatro horas de trabalho duro. Mas o esforço foi todo recompensado e valeu a pena. O resultado disso foram os elogios vindos de todas as partes. Do figuro, ao texto, do estilo próprio dos artistas ao carinho recebido durante a peça.

A princípio seriam duas sessões, mas na quinta-feira os ingressos já estavam esgotados. Glauber decidiu abrir uma terceira sessão e ela logo estava com os ingressos todos vendidos. Foram mais de 700 espectadores no Centro Cultural Milton Nascimento e um milhão de fãs conquistados. Quem não foi admira as belas imagens fotográficas registradas no espetáculo. “Sábado foi mágico, teve até fila virando a esquina” segundo o diretor Glauber Reis. E mesmo assim ainda teve gente que não conseguiu assistir. Mas não se preocupe pois no próximo fim de semana, dias 17 e 18 tem mais. São duas sessões: no sábado, as 19:00 horas e domingo as 17:00. Ingressos custam R$15, na Loja da Ganache 2, na Rua Professora Beralda Gomes 14, no Centro (antiga Secretaria de Saúde) e no Natural Açaí, na Praça Cônego Vitor 23 e com membros do grupo.

A trupê do Glauber

Os atores brilharam em seu papéis: Gabriel Delfino (João Grilo), Pedro Augusto (Chicó), Jemima Munhões (Dorinha), Samuel de Jesus (Padeiro), Herbert Mazote (Padre João), Danielle Mazote (Sacristã), Jennifer Leon (Rosinha), Breno Oliveira (Palhaço), Ingrid Lima (Severina), Maria Vitória (Severina), Júlia Pereira (cangaceira), Yara Sousa (cangaceira), Roberta Mendonça (Compadecida), Tayson Vinícius (major e Jesus) Glauber Reis (diabo). Não teve aquele que não deu boas risadas com as armações de João Grilo e seu parceiro Chicó. Aqueles que condenaram o adultério de Dorinha e se assustou com o diabo e se emocionou quando entrou em cena Jesus e Nossa Senhora, remetendo ao talento de Fernanda Montenegro. Foi uma experiência inesquecível para todos que estiveram lá.

Mas o que marcou as apresentações foram os efeitos de iluminação e sonoplastia, quem dominou os bastidores foram os próprios jovens do grupo. Quem atua nos bastidores é tão importante quanto que está em cena, no palco. É preciso registrar os nomes destes artistas que ficam por trás das cortinas: Jennifer, Taiane Suderio, Kauan Henrique, Luiza Furquim, Elisa Furquim, Max Mazote, Gabriel Reis, Emily e Laura.

As apresentações tiveram outro motivo mais que nobre, além de levar a alegria teatral. Os atores que estão há mais tempo no grupo, vão tentar tirar o registro profissional (DRT) e toda renda arrecadada com as vendas dos ingressos é para fazer as inscrições dos atores no Sated-MG e custear a vinda do órgão para Três Pontas. Os jovens trespontanos do Arte e Manha, serão avaliados e se aprovados, se tornarão atores profissionais. Não apenas pelo merecimento, mas pelo que apresentaram no palco, mostrando que tiveram um grande professor, que os respeitam, os incentivam, até chama a atenção quando precisa, pois para seguir uma carreira de artistas, é preciso ouvir e sempre estar disposto a aprender, sempre.

“Fica a nossa indicação, vá ao teatro e viva essa experiência, para mais informações siga os perfis @arte_manhaa e @reisglauberr.”

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here