A jovem de 23 anos acusada de atirar o bebê recém nascido filho dela, no fim do mês de março deste ano, no córrego da Avenida Zé Lagoa, no Centro de Três Pontas, deixou a Penitenciária de Três Corações neste sábado (17). A mãe foi presa no dia seguinte ao que o bebê foi encontrado boiando descendo o local.

De acordo com o advogado de defesa Francisco Braga Filho, o resultado de outros laudos de necrópsia realizados de forma complementar, serviram para esclarecer dúvidas levantadas pela acusação e também pela defesa. Foi confirmado que a investigada não praticou crime de infanticídio contra a criança, cuja pena poderia chegar a 6 anos de prisão. Por isso ela teve sua prisão preventiva revogada, atendendo pedido formulado pela defesa. Ela não responderá mais pelo crime de infanticídio, ou por homicídio cuja condenação poderia chegar a 30 anos de prisão e sim por ocultação de cadáver, cuja pena é entre 1 e 3 anos de prisão.

A criança segundo os laudos nasceu prematura, com má formação dos pulmões e ficou comprovado que a mãe não teve nenhum tipo de culpa neste caso. Isto foi atestado por outros dois médicos legistas oficiais do Instituto Médico Legal (IML), de Varginha.

A Justiça acatou toda a tese apresentada pela defesa e segundo o advogado da investigada, a Promotoria que havia oferecido denúncia por homicídio duplamente qualificado, não teve como sustentar a acusação no final.

O crime

O corpo do menino recém nascido foi encontrado no fim do mês de março, por moradores que estavam fazendo caminhada na Avenida Zé Lagoa. Eles acionaram o sargento da Polícia Militar Edward Naves, que entrou dentro do ribeirão e fez o resgate, quando o menino era levado pela correnteza.

Menos de 24 horas depois, a Polícia Civil já havia identificado a mãe, e conseguiu um mandado de prisão da justiça. Ela foi presa pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Bragança Paulista, em um ônibus quando fugia para São Paulo (SP), acompanhada da filha de 5 anos.

O bebê veio ao mundo no banheiro da casa, embaixo do chuveiro. Seus familiares não sabiam da gravidez.  A criança nasceu viva e ela mesmo cortou o cordão umbilical. Depois ela o jogou no ribeirão em frente a sua casa, na Avenida Oswaldo Cruz, próximo do terminal rodoviário.

Imagens de uma câmera de segurança registraram a ação e mostra ela lançando o filho no córrego, de madrugada. O bebê nasceu com 700 gramas, entre o 7º e 9º mês de gestação.

Quando a Polícia Civil concluiu as investigações, em uma entrevista coletiva, a equipe que atuou no caso, revelou que ela não havia demonstrado nenhum arrependimento com o que havia feito com o seu próprio filho. A única preocupação era ser presa e morta no presídio.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here