(FOTO: DELMIRO JUNIOR/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO/GLOBOESPORTE.COM)

Por Loui Jordan

Na noite desta quarta-feira (04), os favoritos à Libertadores estreiam na competição. Embora tenhamos jogos amanhã (05), como o do São Paulo, a realidade é que nessa quarta de Libertadores, os times com mais potenciais estarão em campo. Vale informar que a fase de grupos começou ontem, terça-feira (03) e com todos os brasileiros vencendo, caso de Internacional, Athletico Paranaense, Santos e Grêmio. A temporada 2020 do maior torneio de clubes da América está só começando, contudo, o grande “ingrediente” é a decisão que será no Maracanã, pressão maior para os brasileiros durante o percurso.          

Da final ao favoritismo

Flamengo e River Plate são os favoritos à conquista da Libertadores da América. Não por acaso, essas equipes fizeram a final da edição de 2019. Atualmente, o atual campeão, Flamengo, está mais reforçado, menos pressionado e com desafios maiores. Ainda falta à equipe vencer de forma feroz seus adversários estrangeiros, visto que na campanha do ano passado eliminou o Emelec do Equador nos pênaltis e na decisão foi superior por apenas 30 minutos diante do River.

Do lado argentino, pode-se dizer que o coletivo é o que se destaca no River. O time de Marcelo Gallardo é bem treinado, fisicamente é bom e sabe jogar como poucos a Libertadores. Não é o futebol que encanta, mas é bem jogado e com estratégias bem traçadas. É claro, algum outro time pode levantar a taça ou se tornar favorito durante o torneio, mas no momento, Flamengo e River são os melhores times da América.

Palmeiras e Grêmio, nem favoritos, nem coadjuvantes!

Nem meros disputantes. O fato de Palmeiras e Grêmio estarem na zona de coadjuvantes de luxo, ou seja, nem coadjuvantes e nem favoritos, pode ser bom. O Grêmio tem apostado muitas fichas na competição continental, isso acaba chamando a atenção. O clube tem um elenco bom, um futebol em muitos momentos, vistoso, no entanto, o time tem perdido potência e estratégia para outras equipes, afinal, qualidade o time tem de sobra.

Do lado do Palmeiras, a pressão é a mesma, porém o protagonismo pode ter um outro formato. Com a chegada de Luxemburgo, o time não convence, mas também não joga de forma reativa, o alviverde busca o equilíbrio e se adapta a determinados jogos e circunstâncias. Ao mesmo tempo que parece ser um time mais calejado, transparece a sensação de ser uma equipe que pode ser previsível em certos momentos. Paulistas e Gaúchos têm todas as condições para levantarem a taça, mas terão que jogar mais e melhor, independente da proposta, isso porque outros times também tem as mesmas condições, alguns até mais.

São Paulo e os estrangeiros

Não só o São Paulo, mas o Internacional são times sem grande protagonismo, que mesmo assim, podem se revelar candidatos para deixarem os adversários atentos. O tricolor normalmente nos últimos anos, tem mostrado seu limite muito cedo, atualmente o time tem jogado bem e produzido com certa qualidade. O São Paulo tem futebol para competir e dar trabalho, falta o próprio time confiar nisso.

O São Paulo em alguns momentos oscila e tem certos déficits e durante as oscilações, demora para voltar à tona. Isso é um aspecto a ser trabalhado em torneio mata-mata. Das equipes estrangeiras, o Boca Juniors oferece a mesma impressão do Inter de Porto Alegre, evidentemente que tem mais tradição e por isso seria uma espécie de 3ª força do torneio, entretanto, o futebol em termos de qualidade técnica, fica devendo em alguns momentos, mas a camisa compensa.

Racing da Argentina e Olímpia do Paraguai são times que possuem repertórios interessantes. Talvez, não tenham um futebol tão sofisticado como Flamengo e querendo ou não, River, mas competem muito bem. Se nada catastrófico acontecer, o Racing deve dar muito trabalho, enquanto o Olímpia é um time que tem solidificado seu trabalho com taças nacionais, é um adversário de tradição e títulos na competição.

Para ganhar a Libertadores é necessário jogar futebol!

Por fim, a frase que está sendo propagada pelos quatro cantos: para vencer, sempre foi preciso jogar bola, a diferença é que existem metodologias e perfis diferentes. O que mudou na Libertadores, é que os “gigantes” ou os considerados no momento “gigantes” e até mesmo times com possibilidades de fazer boa campanha, precisarão jogar mais e melhor. Isso não significa que é necessário jogar de forma vistosa, basta aplicar sua ideia de jogo e melhorar o rendimento e desempenho, o resto é o que sabemos, a competição é traiçoeira e ganha o mais competente sempre.

JOGOS DE CLUBES BRASILEIROS HOJE E AMANHÃ

Quarta-feira (04)

Tigre (ARG) X Palmeiras – 19h15

Junior Barranquilla (COL) X Flamengo – 21h30

Quinta-feira (05)

Binacional (PER) X São Paulo – 21h

 

 

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