Os paroquianos da Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda iniciaram na quarta-feira (14), com missa solene as comemorações do seu Ano Jubilar. É que em 2022, a primeira paróquia de Três Pontas irá completar 190 anos de fundação. A celebração eucarística foi presidida pelo bispo emérito da Diocese da Campanha, Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho e concelebrada pelos padres Cônego José Douglas Baroni, Márcio Paulino Arantes Júnior e Roberto Donizetti Carvalho.

A missa contou com a presença de membros das comunidades urbanas e rurais e trouxe um grande momento de graça, de viver este tempo de evangelização da paróquia, querendo avançando sempre em águas mais profundas.

A Paróquia Nossa Senhora d’Ajuda foi criada por Decreto, em 14 de julho de 1832. É mais antiga que a própria cidade, que teve sua emancipação político-administrativa em 1º de abril de 1841.

De acordo com o pároco Douglas Baroni, Três Pontas pertencia a Paróquia de Lavras de Santana, que era da Arquidiocese histórica de Minas Gerais em Mariana. Naquela época eram poucas dioceses e arquidioceses. Aliás, a Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda é mais antiga que a própria Diocese da Campanha, em 1907, na qual Três Pontas integra até agora.

Quando o município surgiu, cresceu entorno da Matriz D’Ajuda. “Este traço religioso é muito marcante porque as cidades cresceram em do adro da Igreja e da praça. Esta presença religiosa marca o censo religioso dando também a certeza de uma consciência cidadã, política e administrativa, porque no coração da Igreja se erradia toda a força para a vida e a sociedade”, afirmou o Cônego.

Ao logo destes quase 190 anos, a Matriz passou por muitas transformações, era uma Capela bastante simplória, como se fosse um oratório, porém, a imagem sempre foi esta, foi trazida pelos portugueses.

Com a vinda de Padre Victor para Três Pontas, que aqui foi o segundo pároco por 53 anos, substituindo padre Bonifácio, construiu a grande Matriz com duas torres pontiagudas. Esta imagem foi colocada no altar de Padre Victor, por iniciativa do ex-pároco Padre Ednaldo Barbosa e do padre Lázaro Aparecido Diogo que fez a pintura do altar do Beato. Eles foram sensíveis ao colocar as montanhas, o cafezal e os anjos de cor negra. Depois Monsenhor João Batista da Silveira construiu a atual Matriz, na Praça Cônego Victor.

Uma curiosidade é que a Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda é a única em toda a Diocese, não existe outra, por ser tão particular e continua sendo atual.

Outra curiosidade é que o primeiro casamento foi realizado em 1.777, bem antes da fundação da paróquia.

Durante a homilia presidida por Dom Diamantino, ele afirmou que a paróquia foi e sempre será marcada pelo carisma dos sacerdotes, principalmente dos párocos que tem a missão de pastorear a Matriz. Cada um ao seu modo, uns mais eruditos, outros mais simples, outros mais dinâmicos, outros mais acanhados, mais pastoralistas, outros liturgistas, outros mais populares, alguns mais recolhidos nas suas personalidades, resumiu que esta é a beleza da igreja. “É uma variedade na evangelização, mas todos trabalham para o bem e tem o seu dinamismo pastoral”, pregou o bispo emérito.

As comemorações serão um ano inteiro, até 14 de julho de 2022, onde haverão atividades nas comunidades urbanas e rurais. Haverá a visita da imagem da Padroeira Nossa Senhora D’Ajuda em cada comunidade, como também da Relíquia de Padre Victor. Embora sejam distintos, é impossível desassociar a imagem do Beato da Paróquia. Eles são unidos pela missão e o Anjo Tutelar peça fundamental neste enredo jubilar.

Durante as visitas das imagens será celebrada a missa de na chegada e a comunidade que vai se preparar com a reza do terço diante de Nossa Senhora D’Ajuda e da Relíquia de Padre Victor.

O comércio vai poder se inscrever no Escritório Paroquial para receber a imagem da Padroeira. A missa mensal será presidida cada mês por um sacerdote que foi pároco. Como serão apenas 12, a medida do possível eles irão celebrar na Festa da Padroeira do ano que vem, sem esquecer da presença dos leigos que são fundamentais na evangelização. Ao longo deste período, haverá cursos de formação para os integrantes da paróquia.

Foi criado também o Hino Jubilar pelo Diácono Permanente Alessandro Carvalho e uma oração para a comemoração feita por Dom Pedro Cunha Cruz. Será ele quem vai encerrar o Ano Jubilar.

A Paróquia

Apesar da criação das outras duas paróquias – Nossa Senhora Aparecida e Nossa Senhora das Graças (Catumbi), a Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda continua sendo a maior em extensão geográfica. Tem as comunidades rurais: São Sebastião no Distrito do Pontalete, Nossa Senhora do Rosário no Distrito do Quilombo, Santa Rita de Cássia no Morro Vermelho, Mãe Rainha na Carapuça, Nossa Senhora de Fátima nos Pinheiros, Beato Padre Victor na Chapada, Fazendão São José e Esmeraldas dedicada a Nossa Senhora Aparecida e Santa Mônica dedicada a mais recente.

As comunidades urbanas são: São João Batista na Vila Marilena, Sagrada Face no Botafogo, Divina Misericórdia no Jardim Primavera, a Capela São Francisco de Assis no Hospital e também o Carmelo São José, que apesar de estar territorialmente na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, pertence a Paróquia D’Ajuda.

Cônego Douglas explica que as celebrações das missas estão sendo retomadas nas comunidades, interrompidas por causa da pandemia da Covid-19. O Terço dos Homens as segundas-feiras as 19:30 também já foi retomado. Ele ressalta que as pessoas jamais podem descuidar dos cuidados do vírus, uma vez que a ciência ainda não tem domínio total da doença.

Festa do Padre Victor: Programação mantida como ano passado, com mais celebrações

Definida como ano passado, a Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda e a Associação Padre Victor já definiram toda a programação da Festa do Beato Padre Victor de 2021. Quando uma festa termina, já se inicia a preparação do próximo ano, pois existe toda a uma dinâmica da preparação do tema, da confecção da novena e do material. A novena é escrita pelos seminaristas do curso de Teologia da Diocese juntamente com o reitor padre Ivan de Souza Carvalho, ex-vigário paroquial da Paróquia D’Ajuda em Três Pontas. Neste ano, o tema será “Padre Victor, um Servidor com Coração de Pai”.

Na terça-feira, dia 13 de julho, foi realizada uma reunião oficial, com todos os padres de Três Pontas junto a Associação Padre Victor, onde já foi traçada toda a programação. Cônego Douglas antecipa que ainda por conta da pandemia da Covid-19, vai ser apenas a festa religiosa, sem a tradicional feira com a barraca dos feirantes. Ele antecipa também que ainda não haverá o acolhimento de romeiros com a equipe de apoio, que serve, água, café e pão aos visitantes. Os eventos que antecedem o Dia de Padre Victor estão cancelados, como a Cavalgada, a Trolada, a Trilha das Virtudes e a missa no dia 23 de setembro na Capela da Faxina.

Os festejos em preparação ao Dia da Morte do Beato de Padre Victor vão começar no dia 13 de setembro, com duas missas na Matriz – as 15:00 e as 18:30. No mesmo dia, no Carmelo São José os padres estarão celebrando juntos a eucaristia com as irmãs Carmelitas. Esta celebração tem um significado muito grande, pois foi no Carmelo São José que tudo se iniciou e onde as relíquias começaram a ser reunidas.

Depois da missa, sairá uma grande carreata percorrendo o território das três paróquias da cidade, junto com a relíquia e a imagem do Beato Padre Victor. Neste dia, os trespontanos são chamados a um gesto concreto, doando alimentos e cestas básicas, que serão destinadas às famílias carentes.

No dia 14, começa a novena preparatória na Matriz, com cinco horários diferentes, porém, de manhã não haverá a procissão da penitência. Cada horário será celebrado por um padre da cidade e a noite por um sacerdote convidado. Os horários são: 6:00, 9:00, 12:00, 15:00 e as 19:00 horas.

No dia do Padre Victor, em 23 de setembro, haverá missa de manhã, as 9:00 horas, presidida por pelo bispo diocesano Dom Pedro Cunha Cruz e em seguida haverá mais uma carreata.

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