Uma denúncia realizada na manhã desta segunda-feira (04), possibilitou que a Polícia Civil identificasse a mulher que jogou o corpo de um menino recém nascido, no córrego da Avenida Zé Lagoa, encontrado na manhã deste domingo (03), em Três Pontas. De acordo com a Polícia Civil, a mulher teria confidenciado para uma pessoa que estaria grávida e esta teria realizado a denuncia. A família dela não sabia da gravidez.
Na casa dela que fica na Avenida Oswaldo Cruz, o inspetor da Polícia Civil Gustavo Domingos, os policiais encontraram roupas com vestígios de sangue que foram apreendidas. No imóvel também foram encontrados remédios para enjôo que ela tomava para disfarçar sintomas da gravidez.
A mulher tem passagens por uso de drogas e não tem histórico de depressão e segundo a polícia foi informada, quando ela soube da repercussão que o caso teve, fugiu para São Paulo (SP) e está viajando neste momento. A Polícia já sabe qual é o ônibus e vai tentar interceptar o veículo antes que ela chegue no estado paulista.
Em uma conversa entre a acusada e uma amiga dela, que está circulando nas redes sociais, mostra que a mulher estava preocupada com o que poderia acontecer com ela, caso a polícia descobrisse o crime. Em um dos print’s, ela afirma que está péssima e que morre de medo de morrer na cadeia. Ela admite que até “paga cadeia”, mas não quer é morrer. Quando ela é questionada como conseguiu fazer tudo sozinho, ela conta que nem sabe onde teve forças e coragem, mas que fez tudo sozinha. Ela sentiu as dores e a criança nasceu e parecia não estar respirando, confidencia a mulher para a amiga.
No fim da conversa a suspeita acrescenta que ir para a casa de sua mãe é perigoso, usando o termo “moiado”. A conversa que está circulando nas redes sociais, mostra que a amiga aconselha ela a se entrega, pois a polícia está investigando o caso e verificando as câmeras de segurança.
A mulher deve responder por infanticídio, pois a criança teria nascido viva, e por ocultação de cadáver.
O corpo do recém nascido foi visto por uma pessoa que caminhava na Avenida Zé Lagoa. Ela teria ligado para o sargento Edward Naves da Polícia Militar, que estava de folga e que acionou uma viatura. Quando chegou próximo da ponte, ele viu o corpo descendo pela correnteza e entrou dentro do córrego e conseguiu resgatar o bebê. O corpo do menino estava pesando 1,7 quilo e aparentemente havia nascido a cerca de dois dias.
A Perícia da Polícia Civil realizou os trabalhos. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal de Varginha (IML), onde foi colhido material genético para a realização de DNA. No início da tarde já houve o sepultamento.
