A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) está realizando um projeto, em parceria com Furnas Centrais Elétricas, para recuperar as nascentes que deságuam na região do Entorno do Lago de Furnas, aumentando com isso o volume de água que abastece o Município.

O trabalho começou na região dos Quatis, próximo do Centro de Eventos Wagner Tiso, em uma área de aproximadamente 1,5 hectares. O local já havia recebido há alguns anos um trabalho do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), porém, por se tratar de uma área frequentemente assolada por incêndios criminosos, não houve viabilidade para sequência e monitoramento. Agora, além do cercamento, novos plantios estão sendo realizados e a vegetação rasteira, composta basicamente por gramíneas, está sendo roçada.

O cercamento vai impedir que a área seja usada para pastagens de cavalos e bois os quais podem pisotear nas mudas, utilizar as folhas como alimento, prejudicando a formação das mudas, bem como o adensamento esperado.
É importante ressaltar que provocar incêndio em mata ou floresta é considerado crime pela Lei 9605/1998, podendo a pena de reclusão chegar até a 4 anos, além da imposição de multa.

Segundo o Secretário Municipal de Meio Ambiente Marcelo de Figueiredo Gomes, este trabalho de recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) auxiliará na recuperação de 30 metros de cada margem dos córregos do Município, além de um raio de 50 metros em torno das nascentes. Ressalta-se que praticamente todos os cursos d’água da cidade de Três Pontas têm menos de 10 metros e, sendo assim, segundo a Lei Federal 12651/2012 e a Lei Estadual 20922/2013, a área de preservação permanente para esses cursos d’água correspondem a 30 metros de cada margem.

Além disso, é válido lembrar que a jusante do Córrego dos Quatis, nas proximidades do bairro Azarias de Brito, o SAAE realiza captação de água para abastecimento de vários bairros da cidade.

A parceria – Município e Furnas, vai permitir a manutenção desta área por Furnas durante aproximadamente três anos. As mudas plantadas no local são específicas e importantes para a fauna e outras espécies, contribui para a biodiversidade local, e auxilia na manutenção e recarga do lençol freático.

“O mais difícil quando se planta uma árvore – e as pessoas querem que a gente plante muito – é o reconhecimento de que a tarefa não se encerra logo após o plantio. Pelo contrário, é preciso explicar que isto não é “tudo”, mas sim o início do processo. É necessário manejo adequado e bastante cuidado, especialmente nos primeiros anos de vida da planta. É importante fazer o coroamento das mudas, a capina de aproximadamente um metro de diâmetro das árvores, para que não haja competição desta árvore com o capim que drena os nutrientes ao redor e prejudica o desenvolvimento destas plantas; mantê-las limpas, bem adubadas, com cobertura durante o período chuvoso; e com atenção ao ataque de formigas que são capazes de dizimar uma plantação em curto período de tempo”, justifica Marcelo de Figueiredo.

É preciso que a população entenda e colabore não jogando lixo ou entulhos, já que esta região é muito usada por moradores para fazer descartes irregulares diversos, desde lixo doméstico e entulhos até resíduos da construção civil. É importante lembrar que o Município dispõe de Aterro de Resíduos da Construção Civil, Aterro para entulhos e coleta diária de lixo doméstico, ou seja, temos mecanismos para descartar de forma correta, sempre respeitando o meio ambiente.

O nosso objetivo é fazer com que a cidade recupere toda a mata ciliar que ao longo do tempo foi sendo perdida e ocupada desordenadamente, visando garantir a sadia qualidade de vida da população trespontana.

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